TRABALHADORES(AS) DEMONSTRAM TER FORÇAS DIANTE DA VALE(1))

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Em Orilândia do Norte, região sul do Pará, a mineradora Vale é pressionada por movimento de trabalhadores(as) rurais dos projetos de assentamento Campos Altos e Tucumã, da Colônia Santa Ria e vila Minerasul, para acordarem um Termo de Acordo no sentido de remanejamento das famílias que se encontro no entorno do projeto.
Trata-se de um projeto para extração de níquel em duas serras denominadas de Serra Onça e Serra Puma, onde desde 1982 familias de agricultores chegaram para se instalarem e que depois foram transformados em projetos de assentamento, pelo INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

As áreas das jazidas, consideradas as melhores do mundo, na serra Onça possue um corpo de aproximadamente 23 Km de extensão, com 3,6 Km de largura, e na serra Puma uma extensão de aproximadamente 22 Km e com 3 Km de largura. Deste ultimo corpo 16 Km estão dentro da reserva indígena Xicrin do Cateté.

Este projeto que desde o ano de 2008 pertence à Vale, para extração de níquel e transformação em liga ferro-níquel, foi adquirido da empresa canadense Canico Resource Corp. e entrou em operação este ano(2011) com apenas 30% de sua capacidade. O período de lavra está previsto para 36 anos de operação com beneficiamento anual de 2,5 milhões de toneladas de minério, com teor médio acumulado de níquel na planta de 2,8% até o ano cinco de operação, 2,00% no ano treze e 1,75% nos últimos anos de operação.

Os problemas para as famílias das áreas atingidas começam se agravar a partir de 2007 quando a empresa Onça Puma inicia a compra das propriedades e chega no final do ano com a compra de 85 delas. Além de ter sido um prejuízo para as famílias que venderam, na maioria delas por preços irrisórios e sob pressão, também para as famílias que ficaram.

Ocorreu queda na produção de cacau e de leite, principais produtos comerciais das famílias,redução de alunos nas escolas, com o fechamento de algumas, problemas para o transporte de passageiros com a queda de usuários e isolamento para alguns.
Em 2009, com anuência do INCRA, usando da prerrogativa de “desafetação”, mais 92 famílias foram retiradas dos projetos de assentamento, aumentando os problemas que já foram citados cima, agora com mais um agravante, danos ambientais.

Com isto o PA Campos e parte do PA Tucumã foram desestruturados, e as familias que ficaram no entorno reclamam que não tem condições de continuarem na área, devido o isolamento, sem transporte de passageiros, sem escola, sem postos de saúde, sem água e com poluição da água dos córregos.


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